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Halloween (2018): O passado ainda vive


Após 40 anos do primeiro embate com o seu vizinho malucrazy, Mychael Myers e Laurie Strode finalmente se reencontram. Um clássico slasher como Halloween nunca morre, certo? Principalmente com um baita ícone do terror dos anos 80 como Myers. Além do retorno de um dos meus vilões preferidos, ainda temos a presença de seu criador, John Carpenter, tanto na produção executiva como na famigerada trilha sonora. Pode conter leves spoilers, mas nada que atrapalhe a experiência com o filme.

ELE espreita você.


Ignorando todos os 5 filmes da franquia original (contando até com aquele 3 hahaha), o novo Halloween é continuação direta do primeiro filme, aquele lá de 1978. Essa sequência conseguiu trazer o novo e nos encher com nostalgia ao mesmo tempo. É importante lembrar mais uma vez que Mychael passou 40 anos preso após todos os assassinatos do primeiro filme. Em todos esses anos, o “ser humano” sequer abriu a boca para pronunciar uma palavra. Em contrapartida, Laurie também ficou presa em sua nova vida cheia de paranoias e medo do maníaco retornar e tentar matá-la ou ferir a sua família.

O filme conseguiu ser dividido em 3 partes, e é assim que iremos conversar sobre.

1° Parte: Myers preso e Laurie fortalecida

A primeira parte demora a se desenrolar. Creio que são de 20-30 minutos para que a primeira morte possa acontecer, e se você tá ansioso para que isso ocorra, não se preocupe, pois será recompensado! Essa parte é regada de drama e terror psicológico mostrando Myers na prisão. Apesar de não termos o nosso querido Dr. Loomis, Mychael possui um novo médico, e que também parece ser aficionado por ele. A relação médico-paciente em Halloween nunca funcionou direito (risos).
Do outro lado, descobrimos uma Laurie que perdeu a guarda de sua filha aos 12 anos e que passou por 2 casamentos frustrados. A mulher envelheceu preparando tanto a sua filha menor de idade quanto a ela própria para se defender de um possível combate. Cheia de sequelas e medos do passado, Laurie anseia justiça e vingança. Creio que eu também ficaria que nem ela caso tivesse tido Myers na minha vida.

Aquele banho de sol maroto.



2° Parte: A Noite do Halloween

Como é impossível (é?) ter um filme apenas com flashbacks, tá na cara que Myers consegue fugir e retornar para acertar as contas em Haddonfield. Coincidentemente, as coisas ocorrem na noite de Halloween… Myers volta com sangue nos olhos, totalmente PUTO e sem pudor. As mortes variam entre marteladas, estrangulamentos, empalamentos e a famosa faca. Bateu até um arrepio quando ele pegou a faca pela primeira vez. E a trilha sonora? Nem preciso falar que a nostalgia foi grande. Esse segundo ato é o mais violento e reserva boas mortes e momentos agoniantes.

Apenas um dia normal em Haddonfiel.



3° Parte: O confronto

A última parte foi a que me deixou mais tenso. As cenas são longas e demoradas, o que aumenta ainda mais a sensação de pânico e medo até para abrir uma porta. Apesar de ser recorrente, pode ser algo que torne o filme cansativo para os impacientes que gostam de morte e mais morte. O reencontro pega fogo (essa é só para quem já assistiu) e entrega um bom resultado. Enquanto assistia ao fim do filme, imaginava em como poderia acabar e não conseguia imaginar. Apenas bem antes do final que saquei, mas ainda com o pé atrás. Isso é interessante: não entregar tudo de cara.

Que tiro foi esse?


Halloween conseguiu entregar um resultado mais do que satisfatório e cheio de referências aos filmes antigos. A atuação, principalmente da querida Jamie Lee Curtis, é de aplaudir em pé! Estou no aguardo para os próximos filmes da saga: reboots, continuação ou até mesmo crossover. E não, não há cena pós créditos.

Feliz halloween, Mychael!





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