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Leatherface: um novo recomeço para O Massacre da Serra Elétrica

✟ Antes de esquartejarmos o último filme da franquia O Massacre da Serra Elétrica, é importante nos familiarizarmos um pouco com as suas origens, lá em 1974, na época em que os filmes eram limitados por diferentes fatores, principalmente os tecnológicos e financeiros. Dirigido por Tober Hooper (que sua alma descanse em paz), a produção do filme transcendeu as barreiras do cinema e o transformou em um clássico cult. O posto alcançado pela obra não poderia ter sido menor, hein?! Colocar jovens em apuros entre um maníaco dono de um motosserra e a sua família lelé da cuca, rendeu bons frutos. Como amante dos filmes trashs e gores, fui tomado pela saga. Para completar o nascimento desse clássico, rumores foram espalhados de que o longa era baseado em fatos (reais). Após 43 anos de sua criação, fomos ensanguentados com mais 7 obras cinematográficas sobre o maníaco do motosserra: Leatherface.
Falar sobre O Massacre da Serra Elétrica me traz muitas memórias: Texas, jovens fora da lei aprontando todas numa van e a doce melodia de sweet home alabama ao fundo. É um belo cenário, né? Por um pequeno momento traz até paz, mas então lembramos que isso é um filme de TERROR, e que o Leatherface é o queridinho da mamãe HAHAHAHAHA!
Leatherface (2017), o novo filme da saga, começa com uma típica reunião familiar: um bando de degenerados, os Sawyer, presenteando o jovem Jed com um motosserra. E, de brinde, tentam obrigá-lo a matar um invasor que entrou em suas propriedades. Relutante, Jed não consegue, é claro. É perceptível que ele é apenas uma criança e que não se encaixa naquele covil de loucos. A família acaba o serviço matando o invasor. P.s.: É claro que TODA criança iria amar ganhar um motosserra de aniversário..


Admirando o seu novo presentinho...

A família de Jed adora joguinhos sanguinários, nos quais encurralam pessoas que passam perto da casa deles. Num belo dia ensolarado, dão uma pele de cabeça de vaca para o garoto e o colocam na estrada. Consequentemente, um casal distraído quase o atropela, e a jovem sai do carro para conferir se está tudo bem com o menininho. É uma armadilha, e matam a garota de forma bem sangrenta. O que não contavam é que a menina era a filha do policial local, Hartman, e como penitência, o mesmo decide tirar Jed desse ninho de maníacos, o colocando sob proteção em um reformatório para jovens com famílias envolvidas com atividades criminosas. No reformatório, muitas das crianças tinham os nomes alterados e eram adotadas.


Dúvida com a fantasia de Halloween? Fica a dica #top

Nesse momento, o filme realiza um pulo temporal de 10 anos e nos coloca dentro desse reformatório. Nos são apresentados 5 personagens importantes: Bud, que sofre de transtorno bipolar (e que bateu tanto em um membro da sua família até que essa pessoa entrasse em COMA); Jackson, aparentemente "normal"; Elizabeth, a nova enfermeira do local; e Ike e a sua namorada Clarice, um casal osso duro de roer. Em busca de encontrar o seu filho afastado, a mãe de Jed consegue um advogado e a documentação necessária, porém o administrador da instituição não facilita para ela, negando o pedido. Eis que a velha endoida de vez e consegue fazer um caos dentro da instituição, o que culmina em mortes, bizarrices e na fuga do grupo de jovens.
Mantidos reféns dos psicóticos Ike e Clarice, o grupo parte em busca da família de Ike. Entretanto, no meio do caminho, percebemos que eles não estão sozinhos nessa jornada: a polícia, liderada por Hartman, o pai-policial da menina assassinada pela família Sawyer, está na sua cola. Somos levados a assistir a cenas de perseguição, insanidade e muito sangue.


O nascimento do cara de couro.

Ao contrário do Leatherface raiz, aquele dos clássicos (74), com doença de pele, psicologicamente instável e interpretado pelo lendário Gunnar Hansen, temos aqui um novo renascimento, tanto para o personagem como para a franquia. A trama do longa é temperada com muito sangue e sede de vingança. Senti saudades de duas cenas que sempre estão presentes nos filmes da franquia: o jantar em família e a fuga no carro. Cheio de sangue, psicopatia e até mesmo um pouco de necrofilia, Leatherface fez a sua lição de casa, mas poderia ter bebido ainda mais da fonte dos originais. 



Nota Sangrenta 


Título: Leatherface;
Ano e gênero: 2017, Thriller/Terror;
Direção: Alexandre Bustillo e Julien Maury;
Duração: 1h25min;

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